Poseidon (2006)

"Poseidon" marca o regresso do realizador Wolfgang Petersen, refeito do desastre que foi "Tróia" de Brad Pitt. Aqui o realizador reuniu também alguns desaparecidos de cena como Kurt Russel e Richard Dreyfuss. Para completar o elenco, Emmy Rossum ("O Fantasma da Ópera"), Josh Lucas e Jimmy Bennett completam o lote de actores mais conhecidos.

Para quem possa pensar que este filme é um paralelo de "Titanic" poderá ter uma bela surpresa. Aqui as cenas de acção são bem mais trepidantes, não existem demasiadas cenas "melosas" para arrastar o tempo da fita, aliás o filme ronda uns surpreendentes 100 minutos, estando no excelente equilíbrio entre cenas mais lentas e as mais vibrantes. Os efeitos especiais também se fazem sentir amiúde. Mas nunca se sobrepõem à acção, antes ajudam a criar uma imagem mais verídica à mesma.
Os actores estão a um bom nível, embora sem deslumbrarem visto que a própria história não o permite por os seus intervenientes estarem demasiado delineados, sem lhes deixar margem para grandes devaneios ou criatividades. Um pequeno espinho numa rosa bem grande.

Como único grande senão, "Poseidon" é demasiado previsível para o seu próprio bem. Petersen quis manter-se fiel ao original, ninguém poderá criticá-lo por isso. Mas talvez pudesse ter acrescentado algo à história, porque os meios, esses, existiam.

"Poseidon" é um bom filme de acção, ideal para regressar às salas de cinema após um mês inteiro de futebol.”

(...) o filme não consegue estabelecer uma perspectiva dramática que dê ressonância à calamidade (...) POSEIDON consegue criar alguns momentos de tensão, surpreender nalguns dos seus desenlaces, e é competente do ponto de vista técnico. É pouco, muito pouco”