a crítica
O espólio da animação digital continua, para bem das mentes ávidas por bom cinema, ainda que as personagens não sejam de carne e osso, a verdade é que conseguem nesta altura ser mais credíveis do que tudo o resto. Veja-se as inúmeras obras-primas que tanto a Pixar como a Dreamworks nos têm presenteado ao longo dos últimos anos e ficamos com a sensação que se não fosse por estas magnificas pérolas, o cinema estaria definitivamente em desuso. «Ratatouille» é mais uma dessas maravilhas a oferecer uma panóplia de sentimentos e que nos satisfazem plenamente após as suas duas horas de projecção. Parece excessiva duração para um desenho animado, mas acreditem que passam num instante. O trunfo para manter um nível de absoluta contemplação é o soberbo detalhe da animação e a capacidade de nos fazer crer que estamos perante, não de bonecos animados, mas de seres que sentem as emoções como nós e que vivem para além do preconceito da animação digital («Carros» foi um prodígio neste sentido). A figura do crítico representa isso mesmo: a capacidade de sermos supreendidos com experiências novas, ainda que improváveis, nos faça manter o espírito e mentes abertos. Sim, porque um rato que se transforma em cozinheiro manietando (no bom sentido, claro!) para isso um rapaz desajeitado, não será propriamente uma história de encantar de eleição. No entanto, consegue isso e muito mais, afigurando-se como um clássico menor da Pixar, isto apenas porque perde terreno comparativamente a «Finding Nemo» ou «The Incredibles».”
Paulo Figueiredo,
Cinema PTGate
Outra pequena jóia de humor e animação da Pixar (...) A não perder.”
Manuel Cintra Ferreira,
Expresso