A Face Oculta de Mr. Brooks (2007)

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a crítica

Realizado pelo desconhecido Bruce Evans, cuja única realização até à data é «Kuffs» com Christian Slater em 1992, «A face oculta de Mr. Brooks» representa um salto de gigante comparativamente ao seu primeiro filme. O elenco também ajuda e de que maneira ao sucesso desta história que mais parece uma adaptação moderna de «Dr. Jekyll & Mr. Hyde», em que se conta o conflito mental de um bem sucedido empresário (Kevin Costner) que nas horas vagas é viciado em homicídios. Esta obscura faceta de Brooks é representada por William Hurt cuja maturidade e experiência o faz estar hoje a um nível admirável. Também Costner executa aqui a melhor representação desde da sua fase áurea no início dos anos 90.
O aspecto positivo desta história é a fantástica química entre Hurt e Costner que infelizmente não encontram diálogos à altura do seu talento. Por outro lado, a forçada espessura do argumento autoria de Bruce Evans e Raynold Gideon, invoca em demasia filmes do passado como por exemplo «O Silêncio dos Inocentes» e «Seven». Demi Moore é talvez quem menos beneficia com isto pela evidente colagem à mítica Clarence Starling. Ainda assim, interessante exercício entre o policial e o thriller, «A face oculta de Mr. Brooks» é um filme a não perder.”
Paulo Figueiredo, Cinema PTGate
Pena é que perca de vista o essencial (a complexa negrura humana) e se distraia em evasões de diversão.”
José Miguel Gaspar, Jornal de Notícias