WALL-E (2008)

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a crítica

Num futuro próximo, o planeta Terra, de tão poluído que fica, obriga a população a embarcar numa gigantesca nave de luxo enquanto espera que o seu lar terrestre se torne outra vez habitável. Para tal, são desenvolvidos os Wall-E, pequenos robôs cuja missão é ir limpando as cidades até os humanos poderem voltar. No entanto, passadas várias centenas de anos, apenas um desses robôs sobreviveu, graças à sua "humanização", que o tornou curioso, prudente e até sentimental. A existência solitária de Wall-E será abalada com a chegada do robô-sonda Eva.
Realizado por Andrew Stanton, «Wall-E» só não é um perfeito filme de animação, pelo desequilíbrio entre as faces adulta e juvenil do argumento: se as mensagens ecológicas presentes são por si só de complicada assimilação para um jovem, a acção centrada em personagens pouco sérias, principalmente na segunda parte do filme, como o capitão da nave e tripulantes e os robôs com desordem mental, o filme acaba por não fazer veicular de forma eficiente o seu aparente propósito: ser uma animação-de acção-cómica-mas séria, que atravesse toda a esfera etária familiar. Ainda assim, é possível assistir-se a cenas de antologia, como os primeiros passos do capitão da nave ao som da banda sonora de «2001- Odisseia no Espaço» ou a dança de Wall-E e Eva no espaço. Não é o filme de eleição que muitos esperavam, mas anda lá perto.”
Paulo Figueiredo, Cinema PTGate
Uma obra-prima da animação.”
Jorge Pinto, Premiere