(2009)

poster

novo comentário

Para submeter um comentário faça login ou registe-se

comentários RSS

3.0/5Diogo Pinheiro Diogo Pinheiro 24 de Março de 2012 às 15:13

Este filme é acima de tudo um bom retrato das barbaridades que se faz em nome da fé. Não duvido que estes acontecimentos naquela época tenham fugido muito ao que aqui foi retratado.

Edo Edo 19 de Junho de 2010 às 01:10

O filme está bem feito. Mas não vejo o filme como um filme histórico. Ele tem coisas que o realizador retratou que duvido muito terem acontecido, como por exemplo aquela experiência feita no barco por Hepácia e mais o seu ajudante. Aquela foi uma experiência proposta muito mais tarde por Galileu (ou seja, mais de 1000 anos depois de Hepácia morrer) para contestar a ideia de que a Terra não girava em torno dela própria, e o realizador deve-se ter inspirado nisso e fez de Hepácia o Galileu do século V. Mais tarde, lá para o final do filme, Hepácia põe a hipótese de que os planetas teriam órbitas elípticas em torno do Sol. Isto só foi mostrado por Kepler (já depois de Galileu). Ora, acho impossível provar que Hepácia não chegou a esta conclusão, mas que eu saiba também não há provas de que ela chegou - e é muito improvável na época em que ela viveu -, o que me leva a crer que o realizador apenas quis romancear a história desta filósofa fazendo-a ter esta enorme "descoberta" um dia antes (ou no próprio dia, já não me lembro) da sua morte trágica.

Ainda há mais outra coisa que quero falar e é a mais importante: não gostei da maneira com que o realizador mostrou a diferença entre a sabedoria dos filósofos e a dos religiosos. Foi duma forma notoriamente tendenciosa. Separou estes dois em duas classes de seres humanos completamente diferentes e generalizou. O que fez foi, simplesmente, juntar todas as qualidades (sabedoria, a consciência que "nada se sabe") no lado dos filósofos e juntar todos os defeitos (ignorância, certezas não fundamentadas) do outro lado, a dos religiosos. Ainda tentou disfarçar esta tendência mostrando umas características menos nobres para os filósofos - como açoitar escravos - e características mais nobres para os religiosos - como repartir alimento e dar a quem tem fome -, mas isso foi no início, apenas para depois ele poder entrar "duro no campo".

Guerras em nome da religião sempre houve, mas por fanatismo religioso (ou outros interesses obscuros). E fanatismo religioso e pessoas religiosas podem ser – e são – coisas muito diferentes. No entanto, foi exposto que toda a gente queria o sangue daqueles que não adoravam o seu Deus.
Não pode haver problema em falar sobre este tipo de coisas (a religião), mas também não pode haver este retrato erróneo de que a relegião é total e puramente maligna. Caso contrário poderemos depois ver comentários ignóbeis feitos por aí.

Valter Antunes Valter Antunes 19 de Fevereiro de 2010 às 11:54

Bem, não esperava um épico do Amenábar, não é um filme perfeito neste género, mas gosto deste tema, não conhecia esta filósofa Hipatia, é mesmo uma pena haver gente tão oca como os cristãos.
Penso que o argumento está simples e directo, boa representação de Rachel Weisz, no entanto já vi melhores filmes do Amenábar.

3.5/5jonas jonas 19 de Fevereiro de 2010 às 06:11

é um filme que deve ser visto sem duvida..uma boa realização de Amenabar e um argumento com um forte impacto sobre as massas humanas do mundo de hoje. 3.5*

3.5/5Lourenço Lourenço 15 de Janeiro de 2010 às 00:36

Um filme diferente do que estavamos habituados neste realizador, mas bastante bom onde a qualidade e o promenor imperam.
Para mim que nao tenho grande interesse por este tipo de historia dos deuses etc,nao se torna tao interessante.mas é de louvar mais uma vez a qualidade do trabalho deste realizador, fico a ansiosamente a espera de um novo filme.

3.5*

4.5/5Maaaaaaat Daaamooooon Maaaaaaat Daaamooooon 19 de Dezembro de 2009 às 16:55

bem a Liliana disse tudo lol

Faço das suas palavras as minhas também.

É um filme que deve ser visto, e só nao vi mais cedo porque tal como a maior parte dos filmes "Bons" de agora não estreiam em muitos cinemas.

5.0/5Liliana Liliana 13 de Dezembro de 2009 às 01:02

Fiquei simplesmente maravilhada. Grande épico! Admiro a coragem deste realizador por expor esta história verídica, desta forma tão digna... com tanta simplicidade e sobriedade. Aqui são nos revelados, por exemplo, os acontecimentos associados á destruição daquela que foi a maior biblioteca do mundo (claro que em nome do "sagrado" cristianismo). Por outro lado, nunca tinha ouvido falar nesta mulher, Hypatia, uma grande filósofa e astrónoma! E está tão bem representada por Rachel Weisz... uma actriz também simplesmente admirável! (Na verdade nunca tinha ouvido falar de nenhuma mulher filósofa, pois parece que apenas os homens eram considerados "dignos" de exercer tal ofício, enfim maravilhas da nossa "querida" humanidade)... No final, dei por mim com um nó na garganta e lágrimas nos olhos... mas de revolta e indignação! Eu até já tinha conhecimento que mesmo antes da vergonhosa Inquisição, os cristãos já tinham espalhado toda a sua magnífica "tolerância" e "sabedoria"... Mas é sempre revoltante assistir a tamanhas barbaridades... Como é possível...tanta estupidez em nome de Deus? 5*