O Ritual (2011)

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a crítica

Em oposição ao que é anunciado por Anthony Hopkins dentro do próprio filme com a deixa "do que é que estavas à espera, cabeças a girar e vomitado?", numa alusão ao clássico «O Exorcista», «O Ritual» é um filme que explora o mito das possessões dando especial destaque ao exagero visual, especialmente no que toca às caracterizações e às sincronias físicas dos actores "possuídos". Mas o que chateia em «O Ritual» é que não existe uma direcção definida, antes uma tentativa de mostrar ao público as vicissitudes do cepticismo generalizado que se vive na sociedade actual. Mas o que poderia ser simultaneamente uma crítica não só a esse cepticismo, como também às metodologias católicas, acaba sendo uma tour de force do personagem Michael Kovak (Colin ODonoghue) que descobre no seu cepticismo um improvável chamamento religioso. Hopkins, que faz uso da experiência em filmes como «Instinto» e «Silêncio dos Inocentes», é a âncora de toda a acção e o elemento mais positivo de «O Ritual».”
Paulo Figueiredo, Cinema PTGate