Splice - Mutante (2009)

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a crítica

(...) um conto moral híbrido de aparência futurista que, na verdade, nada tem de próprio”
Vasco Baptista Marques, Expresso
A premissa de «Splice - Mutante» relembra a discussão no seio da comunidade científica de que a linguagem do processo científico seria ou não uma linguagem formal isenta de senso comum e da influência das experiências pessoais dos seus cientistas. «Splice - Mutante» claramente "avisa" para os perigos dos avanços laboratoriais a todo o custo, pela evidência de que na ânsia de chegar a uma descoberta formidável, os interesses e traumas pessoais se sobreponham aos interesses gerais ou, pelo menos, ao pragmatismo do processo científico. Isto é o ponto de partida para o realizador Vincenzo Natali, que infelizmente não consegue dar o melhor seguimento, optando por explorar a catarse sexual da criatura que Clive (Adrien Brody) e Elsa (Sarah Polley) desenvolveram em laboratório, como ponto de viragem do filme, aproximando-o, para o bem e para o mal, de «Espécie Mortal» (1995) de Roger Donaldson.”
Paulo Figueiredo, Cinema PTGate