Bling Ring: O Gangue de Hollywood (2013)

Tal como a obra de Harmony Korine, The Bling Ring apenas alimenta um medo comum, "como agem os nosso filhos na ausência dos pais?". Sofia Coppola compõe um filme fútil e deveras irritante, contudo são esses os propósitos que anseia demonstrar. O fascínio pelos delinquentes que se mantêm fora da marginalização, mas dentro dos parâmetros requeridos de uma sociedade ilusória.”

O novo filme de Sofia Coppola faz lembrar, em parte (de forma mais lúcida), Spring Breakers de Harmony Korine. Mesmo no epicentro da "nova Babilónia", Los Angeles, somos expostos a mais um conto sobre uma sociedade que se está a assumir aos molhos. O excessivo desejo materialista, a busca por ídolos ausentes de substancia e a inócua presença de morais. Ver tudo isto já não é propriamente uma surpresa e, sem dúvida, Coppola é excelente em mostrar-nos este mundo e tudo soa a verdadeiro e palpável. O problema é que o filme limita-se apenas a ser uma janela. Não se sente uma crítica para além daquela que o expectador quiser tirar das imagens. Não é que isto seja propriamente um defeito, mas... é de mim ou cada vez mais existe uma falta de coragem/vontade para se dizer claramente qualquer coisa?