Eragon (2006)

poster

a crítica

Esperar de “Eragon” uma obra maior da 7ª Arte, tornava-se legítimo para aqueles que já leram a magnífica história dos Cavaleiros de Dragões de Christopher Paolini. Seria por isso possível esta expectativa tendo em conta que as tecnologias actuais permitem realizar este tipo de filmes com um realismo assinalável. O que fazer então se o próprio realizador e argumentista decidirem condensar uma história épica e necessariamente extensa num filme que dura somente 100 minutos? Esqueçamos contudo a duração, até porque no passado, isto já aconteceu com relativo sucesso e olhemos antes para o elenco. Jeremy Irons, John Malkovich, Djimon Hounsou, Robert Carlyle e…Edward Speleers. De respeito, portanto, este conjunto de honorários actores e um protagonista desconhecido. “Eragon” consegue a proeza de juntar estes actores num só filme, mas infelizmente pouco mais faz com eles. John Malkovich aparece em 3 ou 4 sequências sempre com o mesmo cenário por trás. Jeremy Irons (para quem leu o livro) incarna um péssimo Brom, Hounsou mal tem tempo para aparecer e Speleers sofre de uma falta de carisma constrangedora. Salva-se a “dragoa” Saphira, com a voz de Rachel Weisz, concebida de forma irrepreensível e que resgata o filme do desastre total. “Eragon” deixa transparecer uma clara aposta na quadra natalícia e nos já imensos fãs incondicionais da trilogia da Herança. Espera-se bem melhor da sequela (até nem será muito difícil).”
Paulo Figueiredo, Cinema PTGate
O problema maior desta adaptação de um popular «best-seller» está na direcção de actores (os jovens não têm carisma, o dos velhos é desbaratado) e a narrativa não tem qualquer sentido de ritmo.”
Manuel Cintra Ferreira, Expresso