a crítica
«Shine a Light» retracta os Rolling Stones pela mão do mestre Martin Scorsese num concerto realizado no Beacon Theater em Nova Iorque, remodelado para a ocasião, que para além da lendária banda, viabiliza a aparição de convidados como Christina Aguilera, Buddy Guy e Jack White. Convém também dizer que esta colaboração de Martin Scorsese com os Rolling Stones, surge numa altura em que os biopics sobre personalidades do mundo da música estão na moda, e que seria de todo redutor esperar um mero documentário da parte do realizador de «Touro Enraivecido», Taxi Driver» ou «The Departed», acerca dos Rolling Stones.Paulo Figueiredo, Cinema PTGate
São então tocadas uma vintena de músicas, entre as quais os clássicos «Jumpin' jack flash», «Satisfaction», «Sympathy for the devil» e «Start me up». O (longo) concerto é intercalado por pequenos excertos de entrevistas dadas no passado, que permitem percepcionar a longa e respeitável carreira que os britânicos têm como currículo. Até Scorsese faz questão de salientar a sua impotência perante os caprichos de Mick Jagger, com a indefinição do set list das canções a acontecer até ao último segundo antes do quarteto entrar em palco. Mas à parte da vertente nostálgica e comparativa entre um passado indefinido e um presente que fala por si, «Shine a Light» é cinematograficamente muito pobre e sem pormenores de destaque que façam deste documentário uma mais valia. Coloca-se a questão: quereria Scorsese apenas dar-nos os Rolling Stones apenas como eles são, ou seja, uns verdadeiros animais de palco? Sim, provavelmente. Mas poderia também ter evitado fazer passar «Shine a Light» como um documentário para cinema.”
O filme é, para além do recital de música, uma verdadeira lição de cinema por parte do realizador”Manuel Cintra Ferreira, Expresso