1.5/5Jorge Tomé Santos
23 de Novembro de 2008 às 17:58
Esta versão cinematográfica do romance de Evelyn Waugh comete dois crimes terríveis: não consegue estar à altura da imagem nostálgica que a série televisiva deixou nas pessoas e é muito chata.
Charles Ryder é um pintor da classe média que vai estudar para Oxford, onde trava amizade com Sebastian, um menino rico que se apaixona por ele. Entretanto, Sebastian convida-o para a sua enorme casa, Brideshead, e ele apaixona-se pela fabulosa casa e, mais tarde, pela irmã dele, Julia. A mãe de ambos, uma católica fervorosa, comanda tudo e todos, destruindo a possível relação de Charles com Júlia, enquanto Sebastian fica destroçado por este não o amar.
Ainda não tinha 20 anos quando vi a série e confesso que pouco me lembrava da história, ao ponto de não me recordar da personagem da mãe. O que me ficou gravado na memória é que a série era muito poética e que foi a primeira vez que vi uma relação homossexual ser retratada na televisão. O filme tenta ser poético, mas falha com o seu ritmo lento (a série também era para o paradinho) e as suas personagens controladas. Apesar de acontecerem muitas coisas, algumas dramáticas, nada parece importar e o filme não tem pontos altos.
O trio de jovens “belos” que dá vida às personagens principais é constituído por bons actores, mas nenhum deles brilha. Quem brilha é Emma Thompson, que é a melhor coisa que o filme tem e que nos faz suspirar por vê-la mais vezes. Quanto a Brideshead, a casa é bonita mas, tal como o filme, chata e despojada de vida.
Silva
11 de Outubro de 2008 às 17:17
Tenho pena de não poder chegar aos calcanhares da série e do livro, que estão soberbos...