a crítica
Querer revolucionar o cinema, é de facto uma grande promessa feita por James Cameron, autor de «Avatar», o filme mais dispendioso mas igualmente mais rentável alguma vez produzido por Hollywood. Mas é também uma promessa que deve ser levada a sério, dado a que o realizador canadiano já o tinha feito com «Titanic» em 1997, com os resultados comerciais que se conhecem. Mas para revolucionar o cinema, Cameron precisará de algo mais do que um sucesso comercial e certamente do que «Avatar», que não deixa de ser um brilhante espectáculo visual, com recurso a tecnologias desenvolvidas de propósito para a sua feitura, mas que ao nível da narrativa não apresenta absolutamente nada de novo, chegando ao cúmulo de adaptar um argumento muito semelhante à história de Pocahontas e John Smith, com a respectiva e bem vincada mensagem ecológica como pano de fundo. «Avatar» estará ainda longe de constituir o anunciado «pós-cinema», mas é para já, juntamente com «Speed Racer» de Lana e Andy Wachowski, o primeiro protótipo de um novo cinema que está a nascer.”
Paulo Figueiredo,
Cinema PTGate
Para além daquilo que salta aos olhos (...) um argumento repleto de filosofia "eco-lá-lá", de folclore etnológico extraterrestre e de esoterismo new age, que se entretém a explorar, de forma muito primária, alguns contrapontos óbvios”
Vasco Baptista Marques,
Expresso