(2009)

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a crítica

Há uma enormíssima distância entre fazer um remake porque artisticamente se quer acrescentar algum detalhe ao filme original (seja contexto, diálogos, situações ou personagens), e fazer um remake só porque sim. É a conclusão com que se fica ao ver este recuperar do underdog de Abel Ferrara realizado em 1992, com Harvey Keitel como protagonista. Isto é, se tentarmos perceber o que levou Werner Herzog a fazer um novo «Bad Lieutenant» o mais provável é arriscarmo-nos a ficar perdidos e sem resposta. É verdade com o contexto é novo (o filme tem lugar no pós-Katrina), e Nicolas Cage dá uma nova roupagem ao personagem principal, mais tresloucada diria, não se vislumbra nada de significativamente refrescante nesta abordagem de Herzog. Diria mesmo que este filme é, não só pela ausência de sentido da sua feitura, mas como do próprio conteúdo insípido, uma daquelas caricatas notícias de jornal que no dia a seguir já ninguém se lembra a não ser os próprios intervenientes.”
Paulo Figueiredo, Cinema PTGate
(...) um filme que se diverte a inverter, perverter e subverter a lógica narrativa e o sentido último do trabalho de Ferrara”
Vasco Baptista Marques, Expresso