Somewhere - Algures (2010)

Há, no novo filme de Sofia Coppola, dois ou três planos que, sem mais, bastariam para justificar a sua existência (...) São raros intervalos de lucidez que não chegam, porém, para legitimar a... mais ››”

SOMEWHERE é um grande filme sobre a vida dos ricos em hotéis de luxo (...) Alinhavado por vinhetas e não por uma dramaturgia convencional, SOMEWHERE revela aos poucos a sua ironia fina”

Em Suicide Virgins revelou-se, em Lost in Translation caiu no estado de graça, em Marie Antoinette ridicularizou o contexto histórico e agora em Somewhere – Algures colecciona as memórias de infância para transporta-nos para um filme pseudo-autobiográfico, cujo clímax é praticamente inexistente.”

Sofia Coppola nunca o saberia fazer tão bem, não fosse ela também uma prisioneira desse mundo que tanto foca o seu cinema. É um filme menor - se é que isso existe - não é um Lost in Translation, mas é um retrato melancólico e único da solidão e do tédio. Um retrato fiel do nada, do sentimento depressivo de estar algures e não estar em lado nenhum. Algures está o sentido da vida.”

O filme é mau! Muito mau! Todo o filme é um conjunto de sequencias estáticas sem qualquer acção. A verdadeira história em si demora a desenrolar-se e quando surge nada muda no filme. As sequências paradas mantêm-se. O filme é demasiado penoso para ser visto. A história é fraca, o desempenho dos actores não se pode dizer que seja bom, pois as próprias personagens são fracas.”

Muitos furos abaixo de Lost In Translation. Completamente de acordo com o Valverde.

Costuma-se dizer "não voltes aos lugares onde foste feliz" e isso parece aplicar-se a Sofia Coppola, pois depois do perfeito Lost in Translation, a realizadora volta a abordar o tema da solidão e do vazio da vida. Mas agora, em Somewhere, tudo é mais lento, mais penoso, mais vazio e, ainda que Stephen Dorff tenha uma das suas melhores performances da sua carreira, não pôde fazer muito mais, pois a personagem escrita pela realizadora é demasiado vaga, tal como todos os espaços desta obra. Ainda assim, é um digno e respeitável filme.